Eu estava no meio
verso, no fim de um parágrafo.
Andando a sós me protegendo da chuva, molhando os versos e inversos de mim.
No ponto de reticências você chegou e sem pedir licença eu te quis e te quero.
Anda me reescrevendo, me salvando em letras perdidas, não me deixando escapar entre
linhas, em clichês.
Eu vou te “coisar”
comigo por ai.
Tive medo desde o
princípio, mas ao mesmo tempo tomava doses de coragem pra não deixar de me
enfrentar pra te merecer e pra você ver
o caminho até aqui. Eu me carreguei de mim, cansei de mim, faz parte de um
refrão batido, todos os meus vícios, desinteressantes e complexos de sempre. Melancolicamente
me arrastei por esse vasto tempo, tentando me desvencilhar de todo o meu
passado, essas rasuras.
Teus olhos são florais, são canções, pinturas,
poemas, são luzes da ribalta, arte final meu ponto, não o final, mas o bom.
Ponto bom esse teu. Reticências. Minhas
Reticências.
Nina
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