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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Reticências

   Eu estava no meio verso, no fim de um parágrafo.
Andando a sós me protegendo da chuva, molhando os versos e inversos de mim.
No ponto de reticências você chegou e sem pedir licença eu te quis e te quero.
Anda me reescrevendo, me salvando em letras perdidas, não me deixando escapar entre linhas, em clichês.

   Eu vou te “coisar” comigo por ai.
   Tive medo desde o princípio, mas ao mesmo tempo tomava doses de coragem pra não deixar de me enfrentar pra te merecer e  pra você ver o caminho até aqui. Eu me carreguei de mim, cansei de mim, faz parte de um refrão batido, todos os meus vícios, desinteressantes e complexos de sempre. Melancolicamente me arrastei por esse vasto tempo,   tentando me desvencilhar de todo o meu passado, essas rasuras.


    Teus olhos são florais, são canções, pinturas, poemas, são luzes da ribalta, arte final meu ponto, não o final, mas o bom. Ponto bom esse teu.  Reticências. Minhas Reticências.


Nina


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

"Crescei-vos e Multiplicai-vos", beleza!

   Então vamos lá "Crescei-vos e Multiplicai-vos", beleza! Partiu então a fornicação e a reprodução da espécie, pois esse "Vai e vem gostoso' resulta em abandono e desespero de crianças inocentes no nosso País.

   "A maioria das ligações recebidas pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos fala sobre menores que foram abandonados pelos pais. Crianças deixadas sozinhas em casa ou bebês que foram largados na rua. A Polícia Militar de todo o Brasil recebe centenas de ligações sobre abandono de menores todos os dias." fonte G1.

   E ainda tem imbecil que acredita que a verdadeira família deve ser preservada, o que é família? Partimos de um princípio básico: Homem + Mulher = 7 filhos, uma casa sem saneamento básico, com o bolsa família, vivendo de luz. Tá, legal, vamos falar sério? Família é um conjunto de pessoas que não precisa ser de sangue, mas estão ligados pelo resto da vida, pelo amor que se constrói em seu alicerce e faz um a existência do outro, "um por todos e todos por um". Reparem que nesse conceito não há cor, não há religião e muito menos sexualidade.
Em relação aos homossexuais: "Órgão excretor não reproduz." ..."isso reduzirá a população". Homossexuais não se reproduzem já faz uns milhões de anos e nem por isso a natalidade mundial reduziu, pelo contrário, já tem tempo que casais homoafetivos vem buscando a adoção de crianças abandonada geradas por "órgãos não excretores que reproduzem" pelo mundo.

   A palavra adoção tem origem do latim "adoptio", que em nossa língua significa "tomar alguém como filho". Voltamos para o inicio do texto de uma forma natural e cíclica. Não gosto de generalizar sobre pais e mães, existem muitos fatores que influenciam o abandono, o desprezo e o cansaço das pessoas. Logicamente, existem milhões de coisas que precisam de atenção.

   E sinceramente não entendo o tamanho interesse em não permitir a igualdade, o amor e o respeito com "Seres da raça humana que proliferam amor por um igual".

   Queridos leitores, essa ignorância mata, dissemina e impregna lugares, pessoas e resulta nisso ~> http://homofobiamata.wordpress.com/ <~ Gera-se ódio com a base sustentada em palavras que muita das vezes dizem ser de Deus. Ou em respeito a família, desde quando isso vai atrapalhar a sua? O mundo não precisa de mais humanos e sim de humanidade. Que as próximas gerações sejam livres e tenham consigo uns princípios básicos: a educação, o respeito e o amor ao próximo. Com educadores valorizados, com uma sociedade limpa e com pais e mães que lhe deem amor e não apenas só os reproduzam.



Nina 




quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Mais uma pra você

E onde houver eu, que você passe...
Bagunce-me.
Pois nessa confusão de dentro, entro num bom particular, quando me lembro de você!
E a decoração me agrada,  nesse “eu”  tudo provem de decorar cada gesto teu.
Ah esse “teu” me embeleza,  me poetiza.


Nina Karina

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Clausuram ponteiros

O mundo parece desatento, por hora fica no alento de madrugadas sem fim
E esse "fim" amanhece com o ar parado, com o dia cravado, arrastante semblante nublado
Outrora venta de uma forma que o corpo não aguenta firmar o pensamento no chão
E quando chove molha as meninas de nossos olhos, nos tirando a claridão
As vezes arde ter um mundo, como se pudéssemos ser 4 elementos assim.


Aquela velha sensação de que  as estações não entendem "o carne e osso".
E por hora nossas entranhas neurais se desfragmentam 
E nos empacotam pra próxima viagem.
Que talvez seja um novo dia.

E esse novo dia, dentro de nós, repercute.
Tradições nos perseguem e clausuram ponteiros
Um nó de gravata nas ideias
E vai, apenas vai e foi, quiçá será.


Nina