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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Vem.

Escondes, seguras, proteges
Falhaste, aos meus olhos, ao meu ver, no teu olho
Chega, pare, e vem.
Desliga a mente, liga o corpo, acende a vontade.
Solta as mãos, respira fundo, me toque
Me transa, num jeito, numa dança, numa trança
Não lute, me guia, me segue, me cegue , me morda
Teu cheiro, teu quente, tua, sendo tua, ao menos agora
Urgentemente, com toda a calma do mundo
E me sinta, me cale, me beije
Num segundo terno e eterno
Contente, desatada, desarmada
Olhos cerrados, lacrimosos, sonhadores e quietos
Tranquilos, doces e meus.

Nina


Vou

Vou colhendo sorrisos, como quem colhe flor
Ando colecionando abraços, como se pudesse me vestir de afeto
Ando dando risada, até da raiva, até da calma
Vou indo em frente, pois lá no horizonte, vejo rumo certo

Vou pintando estrelas em noites de profundo breu
Vou poetizando olhares indiscretos
Vou chorando por saber que chorar alivia
Vou aliviando quem ainda não sabe como colher sorriso

Vou achando a liberdade no meu cotidiano
Vou libertando meu coração dos medos de antes 
Vou dançando para não desequilibrar da paz
Vou levando o que aprendi, para aprender lá na frente quando eu me esquecer

Investigo erros meus, pra saber se errar foi necessário
Vou errando, erros novos, quedas naturais da mudança
Mas eu senti uma dor maior, quando cai em mim
E vi que de mim tinha tão pouco, com tudo aquilo que senti anteriormente

Mas vou, pra algum lugar, ou não, apenas vou.
Enquanto eu me mantenho em movimentos, tudo ainda é possível
Tudo é real, quiçá com empenho eu chegue, ao menos numa conclusão
Sobre tudo que vivi, vivo e viverei. Nessa vida ou não.

Nina

sábado, 24 de maio de 2014

Eu sou nova em mim agora.


   


     Numa nova manhã resolvi me repaginar, voltar a buscar resquícios de mim. Sobreviver e sonhar, enfrentar conhecer, permitir. Nessa nova ordem que dei a mim mesma, a ordem de ser feliz, de querer mais de mim, de apenas ir, sem mais desculpas.
 Fiz de mim liberdade, fiz de mim coragem, com luz, com fé, com vontade. Abracei o universo e fechei os olhos pra tudo que deu errado até ali. Nessa manhã vesti meus planos, os caminhos se abriram agradeci pessoas, me despedi de outras e fui, apensa quis ir...escolhi, talvez pela primeira vez, por mim.


  Nas margens dos pensamentos antigos, dos rios de saudade, das marés de raiva, passei. Nem sempre só, mas sempre me sentindo apenas eu. Não sou nada demais, mas sou tudo pra mim.
  Amigos, meus bons amigos, que eles derrubem também suas muralhas do dia e cuidem do seu jardim da vida, que não esperem a primavera, façam-a. Eu morri 1 milhão de vezes nesses últimos meses. Mas voltei com toda a vontade do mundo de viver. Respirar, amar, tocar, gozar, ser livre de qualquer coisa que não seja de minha escolha, de qualquer problema que não seja meu. Só me atinge, se eu permitir.  Agradeço aos céus por toda luz que consegui sentir. Agora é força de vontade e luta. 


Força Sempre!



Nina