Páginas

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Pra onde tenha sol.

Corre, 
Vamos atropelar o tempo
Somos vítimas dos prazos que nos impomos
Jogando pra amanhã

Guardando em silêncio.

Quando me olhei no espelho notei, cresci.
Traços reforçados e cintura de mulher

Alma felina e feroz

Destinada.

E por onde vocês estiveram quando a luz se apagou?

Eu sempre estive aqui
Eu tava crescendo
E ao invés de enraizar, eu voei

Jurava ter vocês pra sempre
Jurava conhecê-los de berço
Mas, parem e se olhem no espelho
Vocês tentam se enganar.

Como se o céu fosse se orgulhar por esse egoísmo
Essa falta de humildade camuflada de boas palavras.

Já agradeceu pela tua comida hoje?
Ainda bem que existe a misericórdia

Mas o tempo não volta.


Aonde vocês estiveram quando o peito explodiu?
O ventre que me concedeu se foi...

Minhas marcas ficaram como tatuagem
Foi difícil me livrar dessa dor.

Eu só tinha 16 anos
E eu nem se quer preciso me justificar
Tanto criticaram aqueles que os cercavam
Tornaram-se a semelhança


Eu sou das ruas desse lugar
Cresci nas noites
É bom olhar pra você agora
E ter certeza de que eu não me pareço com você



Segui o caminho oposto do que você queria
Não carrego nenhuma mala.
Tenho bons amigos
Tenho boas histórias
Tenho um violão

Tenho uma companheira
E vou...


Ao ventre que me compôs
Entrego todo o amor e a luz que deixaste


To em busca do meu sol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário