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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Pra onde tenha sol.

Corre, 
Vamos atropelar o tempo
Somos vítimas dos prazos que nos impomos
Jogando pra amanhã

Guardando em silêncio.

Quando me olhei no espelho notei, cresci.
Traços reforçados e cintura de mulher

Alma felina e feroz

Destinada.

E por onde vocês estiveram quando a luz se apagou?

Eu sempre estive aqui
Eu tava crescendo
E ao invés de enraizar, eu voei

Jurava ter vocês pra sempre
Jurava conhecê-los de berço
Mas, parem e se olhem no espelho
Vocês tentam se enganar.

Como se o céu fosse se orgulhar por esse egoísmo
Essa falta de humildade camuflada de boas palavras.

Já agradeceu pela tua comida hoje?
Ainda bem que existe a misericórdia

Mas o tempo não volta.


Aonde vocês estiveram quando o peito explodiu?
O ventre que me concedeu se foi...

Minhas marcas ficaram como tatuagem
Foi difícil me livrar dessa dor.

Eu só tinha 16 anos
E eu nem se quer preciso me justificar
Tanto criticaram aqueles que os cercavam
Tornaram-se a semelhança


Eu sou das ruas desse lugar
Cresci nas noites
É bom olhar pra você agora
E ter certeza de que eu não me pareço com você



Segui o caminho oposto do que você queria
Não carrego nenhuma mala.
Tenho bons amigos
Tenho boas histórias
Tenho um violão

Tenho uma companheira
E vou...


Ao ventre que me compôs
Entrego todo o amor e a luz que deixaste


To em busca do meu sol.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Nossa respiração se troca, nos toca e vai.

Quero te beijar a alma
Despir-te com o sorriso
Manchar-te de batom pela madrugada
Acordar sem dormir com um café quente.

Depois beijar tua boca
Mordendo o teu corpo
Deixar o sol lá fora
E te trançar na nossa transa. 


Nossas pernas se trocam
Nossos corpos se confrontam se sincronizam
As mãos se procuram e se desbravam
Nossa respiração se troca, nos toca e vai.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Diversidade.

Um dia me ensinaram como viviam os índios, seus costumes suas práticas, viviam sem roupas e tal. Cultuavam seus deuses, faziam danças, tinham outros ensinamentos entre outras coisas. Haviam divisões de tribos (perceba que coloco no passado, pois realmente não sei se ainda existe, pós os extermínios nos ultimos anos). Eu sempre adorei as histórias e nunca quis ser índio, por saber que aquilo não fazia parte de mim, mas é necessário sabê-lo.
Um dia, fora da escola, descobri o termo "sapatão". Logo, imaginei um sapato grande fazendo dancinhas como o Barney, mas a forma com que foi me falado era como se fosse coisa ruim. "Não fale a palavra sapatão alto, pois as pessoas vão achar que nós somos". Ai um dia, não me lembro a quem perguntei: "O que é sapatão?" A pessoa respondeu: "Mulheres que gostam de mulheres". Fiquei horas tentando entender aquilo, lógico que toda a informação passada errada ela pode causar danos medonhos na vida de uma pessoa perceba: Eu comigo mesma pensei..."Mas eu gosto da minha mãe, da minha irmã, das minhas primas, logo eu não devo gostar?"
Hoje nós temos uma geração extremamente erotizada, crianças de 10 a 9 anos já sabem ou já praticam o ato do coito. Gerando gravidez precoce, falta de informação, doenças por não saberem nem higienizarem suas partes íntimas. Então vamos lá, vamos proibir o SEXO. Cá entre nós, adianta? Se a gente não entender que o tempo muda e a educação tem que se inovar pra atingir, informar e trazer o interesse do jovem. nos vamos daí pra pior...
Desde pequena ouço coisas como: " Viadinho", "essa coca é fanta" "esse cara dá ré no quibe" Com crianças que mal sabiam a diferença entre o pênis e a vagina. Imagina então o que esse gay, ou essa lésbica tiveram que desconstruir nos padrôes da sociedade ao decorrer dos anos?
Quando falamos de material didático sobre a diversidade, estamos falando em acabar com as piadinhas de "moleque macho", "isso é falta de rola", o cara quer ser mulezinha". Somos diferentes, cada um tem o seu jeito de ser, mas precisamos buscar a igualdade através do respeito. Dói quando uma menina de 14 anos se mata por ser lésbica pq ela tem quase certeza que o pai ou a mãe não iriam aceitá-la? CLARO QUE DÓI!
Essa semana, no nordeste Brasileiro um pai estupra a própria filha po era ser LÉSBICA! Até quando?
A sociedade precisa desconstruir os preconceitos, parar com os julgamentos e buscar a evolução própria tentando entender o outro. As crianças de hoje precisam de mais atenção ainda, tanto com o preconceito, quanto com as informações que estão sendo ingeridas através da televisão e da internet. Primeiro elas tiveram o acesso a internet, mas elas não sabem o que buscar de novo, pois não tiveram a educação tecnológica.
Ingerem música ruim, filmes ruins com o mundo de coisas boas nas palmas de suas mãos. Devemos olhar e vigiar as gerações que vivem dentro do manto da ignorância, mas devemos educar nossos filhos através da igualdade. É muito fácil você heterossexual achar que ser gay é modinha, que seu filho vai hétero pois vai ensiná-lo. Não se tratam de escolhas!
Eu não escolheria a rejeição de 90% da sociedade sobre a minha sexualidade. Não escolheria correr o risco de andar nas ruas e um cara me estuprar por ele achar que eu sou lésbica por falta de rola. E sim é a primeira vez que falo abertamente sobre isso numa rede social, lembrando que tenho 22 anos, já ouvi de tudo um pouco e não aguento mais.
Gostaria de ressaltar que você não é obrigado a gostar de mim, a vida através de outras transformações me fizeram um ser forte ao qual seu preconceito, hoje, não me atinge e me sinto no dever de proteger pequenas "Karinas", pequenos "outros" que não se enquadram nessa sociedade banal. Sou a favor da informação, seja ela bem dada, através da preparação dos educadores, das escolas e conscientização dos pais. Que sejamos então a continuação da revolução dos primeiros homossexuais que tiveram a força e a determinação de se mostrarem ao mundo, aos nossos avôs, tataravôs e avós que muitas vezes foram homossexuais e morreram carregando isso no peito como se fosse errado. E você querido jovem adulto jamais duvide da força do amor nesse mundo!
Muita luz!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Nova cápsula protetora.

Rumo a marte
Carrego as flores mais lindas;
As melhores pessoas;
As melhores lembranças.


Estou mudando...e me mudando
Outras ó r b i t a s chegando
Outros ciclos se iniciam

Feito bailarinas a rodopiar.


Nascimento, cores, melodias e traços.

Chega de trapos.
No Fim
Um Begin.
 
                                                                 Karina.