Eu me noto anotando o tempo
Registrando o vento e o que ele tirou do lugar
Eu me vejo observando meus próprios olhos
Na tentativa de entender a minha própria alma
Alma essa a minha, às vezes tão frágil quanto uma pétala
Mas tão forte quanto a raiz de uma árvore centenária
Minha pele já foi escudo, agora é só o instrumento de
arrepios
Quando alguém consegue ir além dos olhos e tocar a alma
Eu me equilibrei andando descalço
Como se meus pés pudessem dançar livremente
Pois no ar está a mente
Pairando na leveza de uma consciência limpa
O meu rosto já retratou o passado
Pois sou o espelho de um amor que se foi
Agora é apenas o caminho de lágrimas insistentes
Ou de sorrisos infinitos
Aprendi a ser minha, logo posso ser de quem eu quiser
Pois na ausência do outro a minha raiz não corta.
Sobra o suficiente de mim para continuar a entender minha
alma
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