Um momento nostálgico tomou conta do ar
Como se no oxigênio houvesse fotografias
E minha mente se perdesse em memórias
Fazendo que o meu mundo ficasse em silêncio
Sinto como se a adolescência fosse uma caneca de café quente
Que acaba de esfriar sem que eu a tomasse por inteira
No fim, você passa a não querer certas coisas, pessoas e
ambientes.
Cada vez menos sou um perigo para mim
Não consigo sentir falta do que fui
Nem vejo tanta mudança no que sou
Mas tudo a minha volta mudou
Não tenho sede da embriaguez, nem das loucuras
Porque estas, vivi.
O que resta de mim são os sonhos
O ritmo da percussão quente do meu coração
Sou a mesma carne e pecado de sempre
Consolidando traços e corrigindo erros
Tenho ainda meus apelos de vida
Ambições naturais da idade
Exageros momentâneos
E saudade de coisas que não existem
Deixei de revelar muitas fotografias
Pois na minha visão, só revelamos a verdade!
E que assim se faça o restante da vida
Menos de mim no meu corpo, mais do mundo na mente
Como se por consciência fosse eterna e pudesse abraçar
momentos
Sabendo que a única coisa infinita, é o que está dentro de nós!
Karina Silva
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