E ela voava com seus pensamentos presos nos olhos
Como uma chama de gelo
Esculpindo sua face triste
Sua boca vermelha
Suas mãos gesticulando as sombras do dia
Com um vasto vestido branco
Era chegada a hora de se unir, de maneira formal
Porque de alma ela se ligava em outro ser
Seguindo os manuais ela pegou o buquê de lírios
Andava com o sorriso no canto da boca
Os olhos perdidos com gente estranha
E ela lembrou dela, a menina por quem amou
Havia deixado ela com uma carata nas mãos
Uma despedida cruel, sem abraços ou esperança de volta
Enfim, ela chega ao altar, olha pro seu futuro esposo
E sente a hipocrisia entrando nas suas veias como veneno
Dando adeus aos seus ideais e visões
Entregando-se ao medo
Ao normal
A mentira
Karina Silva
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