Eu me lembro como se fosse ontem, quando assisti A Lista de Schindler pela primeira vez, inclusive, quem não viu, super recomendo assistir. Nos créditos passam as lápides de alguns judeus que morreram, centenas de judeus mortos, perseguidos, incinerados, violentados...eu digo judeu, mas sabemos que a perseguição era total com quem se opusesse a Hitler e principalmente as minorias. Na cena,das lápides, eu chorei tanto, aquilo me tocou tanto. Como pode haver neste mundo tanto ódio em seres iguais? Eu ficava me perguntando isso o tempo todo: Que época foi esta em que as pessoas eram rotuladas e destinadas a morte por qualquer diferença natural, cultural, sexual ou religiosa?
Anos depois, num belo dia, bombam as notícias de que um grupo nos Estados Unidos faz referência ao nazismo, se auto intitulando nazista e choca o mundo, a internet para, mas no Brasil, somente no Brasil, resolveram discutir se era de esquerda ou direita. O brasileiro viveu anestesiado durante todos esse anos, consumindo material pronto da TV, a internet trouxe muito mais acesso a política, tanto como forma de arranjar eleitores como de se praticar total oposição dos lados. Trazendo para as redes sociais as brigas de time, de partido e de bandeira. Qualquer um hoje, pode ler uma matéria de 3 linhas e argumentar numa discussão com o vizinho no facebook sobre Bolsonaro, Lula, Moro...Mas estudar, acompanhar, escutar compreender e crescer junto passa longe. O "estar certo" passa a ser mais importante do que uma politica limpa justa e clara para os cidadãos. O querer que o outro partido caia é mais forte do que que ele faça bem, cumpra promessas e levante o País. Independente do lado, paramos de pensar na política como um todo, num bem comum.
Independente da farofa que tornaram esse caso aqui no Brasil, o que todos os lados tem que ter em mente que nazista não tem voz, discurso de ódio não é forma de expressão. Meu direito termina quando o do outro começa, não pode deixar passar. Nazismo não é engraçado, facismo não é brincadeira. Avaliem a situação atual, não só dos políticos, mas do nosso comportamento diante das coisas acontecendo. Quero que as novas gerações entendam e absorvam que o amor é a única revolução verdadeira.
Sei que nestas horas a vontade é de se isolar e fingir que a briga é do vizinho que é melhor eu não me intrometer, mas infelizmente, a briga é de todo mundo, a luta é toda nossa e não podemos desacreditar num mundo melhor.
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Queridos leitores, agradeço o crescimento deste blog e desse espaço onde posso me expressar e criar coisas legais para vocês.